EPILEPSIA E IDOSOS

 

 

 

 

Os idosos são um grupo muito específico e com desafios únicos, do diagnóstico ao tratamento. A gestão do tratamento pode ser complexa pela presença de alterações fisiológicas relacionadas com o envelhecimento, comorbilidades, problemas cognitivos, interações medicamentosas e adesão à terapêutica.

CAUSAS

A epilepsia nos idosos pode ser causada por muitas condições que afetam o cérebro, como por exemplo:

• AVC (Acidente Vascular Cerebral)
• Traumatismos cranianos devido a quedas
• Alcoolismo crónico
• Doença cardíaca
• Cirurgia cerebral prévia
• Infeções que afetam o cérebro
• Hipertensão
• Tumores cerebrais
• Doença de Alzheimer/demência

 

O AVC continua a ser a primeira causa de crises tardias. A fisiologia arterial altera-se e algumas partes do cérebro podem ficar privadas de sangue e oxigénio, produzindo danos que podem resultar em crises. Hemorragias cerebrais, que são outra forma de AVC, podem também desencadear crises.

Devido às mudanças que ocorrem com o envelhecimento, precaução é a palavra de ordem, mesmo em situações em que a epilepsia já está disgnosticada há muito tempo. Assim, recomenda-se que, aos 65 ou 70 anos de idade, o tratamento seja revisto pelo médico.

OS MEDICAMENTOS SÃO UTILIZADOS PARA O CONTROLO DAS CRISES, ATUANDO NA PREVENÇÃO DAS MESMAS OU NA REDUÇÃO DA SUA FREQUÊNCIA. AS RECOMENDAÇÕES RELEVANTES A ESTE NÍVEL SÃO:

• Os medicamentos devem ser tomados todos os dias e a horas certas.
• Não se deve parar a terapêutica subitamente e sem recomendação médica.
• Um registo diário dos medicamentos tomados e respetivas horas pode ser um bom suporte.
• Alarmes ou lembretes em locais específicos que recordem a toma dos medicamentos pode ser uma ajuda adicional para a adesão à terapêutica.



O TRATAMENTO É UM PASSO FUNDAMENTAL NESTA VIAGEM, MAS HÁ FATORES COMUNS QUE O PODEM AFETAR NESTA FASE E É NECESSÁRIO TER CONSCIÊNCIA DOS MESMOS:

• Perda de memória.
• Vulnerabilidade a quedas.
• Metabolismo mais lento.
• Estado de mal epilético.
• Interações medicamentosas.

Os idosos continuam a ser mais sensíveis do que os grupos mais jovens a uma diversidade de perturbações médicas, neurológicas e psiquiátricas que podem ter fatores mentais, físicos ou ambientais como precipitantes. Algumas destas perturbações podem estar na base do desenvolvimento de crises. A percentagem de novos casos diagnosticados de epilepsia continua a ser mais elevada em idosos do que em pessoas de meia-idade, sendo, por isso, importante ter especial atenção a esta faixa etária.

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